A vida quotidiana
“A partir da vossa oração pessoal e comunitária, descobris o Senhor como tesouro da vossa vida (cf. Lc 12, 34) (…) Entregastes a vossa vida, com o olhar fixo no Senhor, retirando-vos na cela do vosso coração (cf. Mt 6, 6), na solidão habitada do claustro e na vida fraterna em comunidade.” (Papa Francisco, Vultum Dei Quaerere nº9)
A Oração, que é “tratar de amizade, estando muitas vezes tratando a sós com Quem sabemos que nos ama” (Santa Teresa de Jesus), compromete toda a existência da Carmelita Descalça.
Cada Comunidade dedica diariamente duas horas à oração em comum: uma pela manhã e outra pela tarde, de acordo com o horário estabelecido.
As monjas terão um cuidado especial de estudar e meditar toda a Escritura, particularmente o Evangelho, com o fim de obter um conhecimento eminente de Jesus Cristo. Dedicarão, cada dia, uma hora aproximadamente à leitura espiritual.
Para fomentar um clima de oração e solidão, próprio do Carmelo guardar-se-á o silêncio com todo o cuidado, a não ser que se deva falar de coisas necessárias ou do próprio trabalho.
A Eucaristia, cume e fonte da vida comunitária, é sinal de unidade e vínculo de comunhão em Cristo.
A Comunidade, ao celebrar comunitariamente a Liturgia das Horas, persevera em oração com Maria, a Mãe de Jesus.
Para que as Irmãs possam comunicar entre si com espontaneidade e alegria terão recreação em comum duas vezes ao dia: depois do almoço e depois do jantar.
Uma parte da manhã e da tarde é dedicada aos respectivos trabalhos, como forma de participação na obra que Deus Criador realiza no mundo (…) em estreita relação com quantos trabalham, responsavelmente, para contribuir para a obra da criação e servir a humanidade (Papa Francisco, Vultum Dei Quaerere nº32).
“O vosso é um caminho no qual vos deixais arrebatar pelo amor de Cristo a ponto de vos unirdes a Ele, de modo que este amor impregne toda a existência e se manifeste em cada gesto e ação quotidiana. O dinamismo da contemplação é sempre um dinamismo de amor, é sempre uma escada que nos eleva até Deus, não para nos afastar da terra, mas para nos levar a habitá-la em profundidade, como testemunhas do amor recebido.” (Discurso do Papa Francisco às Superioras e Delegadas das Carmelitas Descalças, Vaticano 2024)