A vida contemplativa

“A tradição espiritual da Igreja une a vida contemplativa à oração de Jesus sobre o monte, ou, de qualquer modo, num lugar solitário, não acessível a todos, mas apenas àqueles que Ele chamava a si, um lugar separado.” (Verbi Sponsa, nº3)

A vida contemplativa é uma busca de Deus na Fé, motivada pela experiência de ter sido encontrada por Ele. É, por isso, uma história de Amor que conduz ao deixar-se transformar por Amor.

À semelhança de Maria, a contemplativa vive numa escuta e abertura constantes à Palavra do Pai, à qual abre o coração e todo o seu ser, para se tornar, pela ação do Espírito, uma “humanidade de acréscimo onde Ele [o Verbo] renove todo o Seu Mistério” (Santa Isabel da Trindade).

Impulsionada por este grande ideal, Santa Teresa de Jesus escolheu o retiro da clausura como meio propício para esta forma de seguimento de Cristo. No pensamento da Santa, a livre escolha da vida de clausura implica uma separação radical de exterior para conseguir o desprendimento interior, e uma vida de silêncio e solidão para encontrar no Esposo a água viva da contemplação.

“A vida “escondida com Cristo em Deus” (cf. Lc 10, 38) torna-se figura do amor incondicional do Senhor, o primeiro contemplativo.” (Papa Francisco, Vultum Dei Quaerere nº3)